quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

E rompe a vida, Caboclo.

Renato Russo e a sua colaboração para a eternidade!


Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui[...]


Me deixa ver como viver é bom
Não é a vida como está, e sim as coisas como são[...]


Preciso de oxigênio, preciso ter amigos
Preciso ter dinheiro, preciso de carinho
Acho que te amava, agora acho que te odeio
São tudo pequenas coisas e tudo deve passar[...]

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

...de fora para dentro. De dentro para o sempre.












DA FELICIDADE, Mário Quintana




Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Le Banlieu







'Le Banlieu'



Feitiços e encantos na esquina escura dos espíritos que se perdem no auge do gozo torto de nossas emoções. Trafego nas tragédias espirituais. Alimento-me do desgosto que dá origem a novas esperanças, novos suspiros, novas canções. Não sinto amor pelo amor. Eu sou amor, bruto, impossível de ser lapidado, sou livre, voo alto, para além das nuvens. Mergulho como um falcão, rasgando o vento e as canções do sol! Sou fogo e sou gelo, não meço esforços para ser mais do que se é permitido. Não fito olhares, apenas mergulho em olhos abertos pr’uma nova verdade... Que os meus feitos se entrelacem com os teus afetos e que, como num jogo de luz e espelhos, possamos sobrevoar a névoa espessa de nossas almas alcançando por fim a morada de nossos corações.








'Like an ancient day and I'm on trial
Let them seize the way, this once was an island
And I could not stay for I believed them
Left for the lights always in season'

(The Penalty - Beirut)



E a conta dessa confusão quem é que paga... ? São tantos túneis, tantas perguntas, tantas interrogações. Perco-me por prazer, já que não há outra opção há não ser se perder por aí – num momento, numa tarde, num sorriso. Perco-me em sorrisos alheios... Mas e os meus sorrisos? Estes são tão escassos, tão minguados...  Caminho na calçada oposta e quebro o concreto do meu rosto com sorrisos forçados.  Já não enxergo sinceridade entre os meus iguais.  Já não me identifico com o ninho que tanto amo. Preciso, mais que quero,  voar... Pra longe. Essas asas já não cabem mais na gaiola que se tornou o berço... Meu berço. E o tempo?
E o meu, talvez único, amigo – Tempo? Careço de respostas...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Tempo e Consciência.




"...mas por favor não me abra os olhos."





E que o tempo não me puna pelas faltas que cometi. Que o tempo não me cobre os erros que omiti. Que o tempo não me cobre as palavras não ditas. Que o tempo não me cobre a sinceridade em fuga. Que o tempo não me cobre o olhar perdido. Que o tempo não me cobre o amor que se foi. Que o tempo não me cobre o amor que não dei. Que o tempo não me cobre pelo amor que não lutei. Que o tempo não me cobre as noites em claro. Que o tempo não me cobre os meus delírios em tua memória. Que tempo não me puna por minha ingenuidade. Que o tempo não me cobre por ter olhado fundo nos teus olhos. Que o tempo não cobre as vezes que flertei com o perigo. Que o tempo não me cobre por ignorar tua presença. Que o tempo não me puna com a falta que sinto daquilo que não vivi. Que o tempo me dê tempo de ter tempo para te ter em meu tempo.