sábado, 19 de janeiro de 2013







...estou longe, estou em outra estação.
(Renato Russo)




"A vida é torta." Já dizia eu... Acredito que levarei várias e várias encarnações para viver plenamente. Já me conformei que esta vida e, quem sabe outras vidas, não passaram de meros laboratórios. Passo a maior parte do tempo observando as coisas - as cores. Fico observando pessoas, bebendo experiências. Entendo a cada segundo que cada centímetro de sabedoria que conquisto revela o mar de ignorância que preciso percorrer - drenar na medida do possível - flertar com o perigo e com o impossível, afinal, sou humano, Porra! Não sei o que é solidão, mas prezo por momentos solitários. É na solidão que o silêncio se revela e é ele, somente ele e o tempo, quem nos dizem, com mais exatidão, quem somos - para quem somos e porque somos. Não se iluda com a instrução que nos chega por meio da educação. Não se iluda com a 'intelectualidade'... Se não há uma experiência empírica de vida, de nada serve a educação. A educação sem sensibilidade se converte em arrogância. A petulância toma de assalto o lugar da humildade  e nós, meros mortais, seguiremos com o mesmo cabresto, olhando sempre para frente - incapazes de olhara para os lados - incapazes de sorrir e brindar pequenos momentos, incapazes de aprender com o tempo, com a solidão, com o velho que senta numa esquina qualquer e se esquece do mundo porque o mundo não deve agir sobre ele e sim, ele sobre o mundo. Mas, quanta vidas precisarei viver até aprender esta questão ? Não sei. Sou humano, porra!

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