sábado, 10 de agosto de 2013

Selvagem/Covarde conflito abstrato;

Covarde conflito selvagem entre razão e emoção... Acho que vou pirar. Em alguns momentos senti meu coração pulsar na garganta! E o amor? Ele está ali, inerte, assombrado, catatônico diante de tudo... Não quero sair daqui! Preciso de ajuda! Não vou desperdiçar a oportunidade que me foi concedida em troca de migalhas! Sensações que penso ser minha, mas é claro que não são.
Eu a amo! E vou lutar por isso, mesmo que o principal e maior inimigo seja eu mesmo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sobre as coisas que vi...


Ao passo que avanço minha compreensão sobre o que desconheço em mim, vejo, de forma aflita, o quão insatisfeito estou comigo mesmo... Mas oras, sou um jovem! Não tenho sequer 1/4 de século... Doce ilusão! Triste ilusão... É lúdico e ao mesmo tempo inconscientemente cruel pensar que nossa história se resume aos parcos fatos que presenciamos em vida terrena! Ou melhor, em nossa atual vida terrena... No olho do furacão de confusões que assolam minha mente e forçam a minha consciência até o limite, percebo que há muito mais no quadro de minha existência do que se imagina... Do que se imagina ver, enxergar ou interpretar. Nessas horas a hipócrita sensação de 'bem fazer' cai por terra e você se vê, mesmo que por curtos segundos, diante de sua pequenez insignificante aos pés de toda uma bagagem obscura que carrega! Como um molusco que carrega uma pesada carga de cálcio sobre as costas, eu me sinto como um jovem homem terreno e um velho ser espiritual que trás em sua bagagem inúmeras histórias, diversos aprendizados e incontáveis dívidas. Porém, mesmo envolto nos mantos da dúvida ou flertando com a razão cética e fraca dos sentimentos materialistas, acredito numa misericórdia que supera a nossa compreensão e avança para além do incógnito. É brilhante... Faz ascender luzes em lugares impensáveis! Na força! No fundo. Não resisto a ela e me apego a essa esperança como uma oportunidade de compreender a minha missão e as várias perguntas que devo responder a mim mesmo. Como se dar por satisfeito? A vida que penso ter não passa da ponta de um alfinete diante dos caminhos que percorri. Talvez, a confusão e o conflito existente em nossas consciências sejam o princípio ativo de um novo recomeço ou de uma nova tentativa. Não sei!!! "Não sei" é a resposta que tenho no momento. Abram as portas dessa caverna... Quero sair.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

E rompe a vida, Caboclo.

Renato Russo e a sua colaboração para a eternidade!


Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui[...]


Me deixa ver como viver é bom
Não é a vida como está, e sim as coisas como são[...]


Preciso de oxigênio, preciso ter amigos
Preciso ter dinheiro, preciso de carinho
Acho que te amava, agora acho que te odeio
São tudo pequenas coisas e tudo deve passar[...]

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

...de fora para dentro. De dentro para o sempre.












DA FELICIDADE, Mário Quintana




Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Le Banlieu







'Le Banlieu'



Feitiços e encantos na esquina escura dos espíritos que se perdem no auge do gozo torto de nossas emoções. Trafego nas tragédias espirituais. Alimento-me do desgosto que dá origem a novas esperanças, novos suspiros, novas canções. Não sinto amor pelo amor. Eu sou amor, bruto, impossível de ser lapidado, sou livre, voo alto, para além das nuvens. Mergulho como um falcão, rasgando o vento e as canções do sol! Sou fogo e sou gelo, não meço esforços para ser mais do que se é permitido. Não fito olhares, apenas mergulho em olhos abertos pr’uma nova verdade... Que os meus feitos se entrelacem com os teus afetos e que, como num jogo de luz e espelhos, possamos sobrevoar a névoa espessa de nossas almas alcançando por fim a morada de nossos corações.








'Like an ancient day and I'm on trial
Let them seize the way, this once was an island
And I could not stay for I believed them
Left for the lights always in season'

(The Penalty - Beirut)



E a conta dessa confusão quem é que paga... ? São tantos túneis, tantas perguntas, tantas interrogações. Perco-me por prazer, já que não há outra opção há não ser se perder por aí – num momento, numa tarde, num sorriso. Perco-me em sorrisos alheios... Mas e os meus sorrisos? Estes são tão escassos, tão minguados...  Caminho na calçada oposta e quebro o concreto do meu rosto com sorrisos forçados.  Já não enxergo sinceridade entre os meus iguais.  Já não me identifico com o ninho que tanto amo. Preciso, mais que quero,  voar... Pra longe. Essas asas já não cabem mais na gaiola que se tornou o berço... Meu berço. E o tempo?
E o meu, talvez único, amigo – Tempo? Careço de respostas...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Tempo e Consciência.




"...mas por favor não me abra os olhos."





E que o tempo não me puna pelas faltas que cometi. Que o tempo não me cobre os erros que omiti. Que o tempo não me cobre as palavras não ditas. Que o tempo não me cobre a sinceridade em fuga. Que o tempo não me cobre o olhar perdido. Que o tempo não me cobre o amor que se foi. Que o tempo não me cobre o amor que não dei. Que o tempo não me cobre pelo amor que não lutei. Que o tempo não me cobre as noites em claro. Que o tempo não me cobre os meus delírios em tua memória. Que tempo não me puna por minha ingenuidade. Que o tempo não me cobre por ter olhado fundo nos teus olhos. Que o tempo não cobre as vezes que flertei com o perigo. Que o tempo não me cobre por ignorar tua presença. Que o tempo não me puna com a falta que sinto daquilo que não vivi. Que o tempo me dê tempo de ter tempo para te ter em meu tempo.


sábado, 19 de janeiro de 2013







...estou longe, estou em outra estação.
(Renato Russo)




"A vida é torta." Já dizia eu... Acredito que levarei várias e várias encarnações para viver plenamente. Já me conformei que esta vida e, quem sabe outras vidas, não passaram de meros laboratórios. Passo a maior parte do tempo observando as coisas - as cores. Fico observando pessoas, bebendo experiências. Entendo a cada segundo que cada centímetro de sabedoria que conquisto revela o mar de ignorância que preciso percorrer - drenar na medida do possível - flertar com o perigo e com o impossível, afinal, sou humano, Porra! Não sei o que é solidão, mas prezo por momentos solitários. É na solidão que o silêncio se revela e é ele, somente ele e o tempo, quem nos dizem, com mais exatidão, quem somos - para quem somos e porque somos. Não se iluda com a instrução que nos chega por meio da educação. Não se iluda com a 'intelectualidade'... Se não há uma experiência empírica de vida, de nada serve a educação. A educação sem sensibilidade se converte em arrogância. A petulância toma de assalto o lugar da humildade  e nós, meros mortais, seguiremos com o mesmo cabresto, olhando sempre para frente - incapazes de olhara para os lados - incapazes de sorrir e brindar pequenos momentos, incapazes de aprender com o tempo, com a solidão, com o velho que senta numa esquina qualquer e se esquece do mundo porque o mundo não deve agir sobre ele e sim, ele sobre o mundo. Mas, quanta vidas precisarei viver até aprender esta questão ? Não sei. Sou humano, porra!